A transformação digital impôs uma nova realidade para os profissionais, e a advocacia também precisou passar por profundas mudanças para continuar falando a mesma língua que as empresas.
Como a transformação digital impactou os advogados
A imensidão de tarefas e prazos, relacionamento com clientes, o controle do andamento dos processos e até mesmo busca jurisprudencial para fundamentar teses, tudo isso foi profundamente impactado com o uso de soluções tecnológicas de gestão.
Em outras palavras, os sistemas de gestão e a agilidade trazida por eles, cederam espaço para uma nova visão sobre a gestão dos departamentos jurídicos, escritórios de advocacia e consultoria jurídica, empresas que realizam compilação de dados jurídicos etc.
A transformação digital na advocacia já é uma realidade inevitável, tornando obrigatória a adesão, principalmente pelos escritórios, de ferramentas de gestão digitais, não por questões meramente competitivas, mas como condição fundamental para permanecer no mercado jurídico prestando um serviço que atenda as demandas da atualidade.
Além disso, há um fato que não pode ser esquecido: as empresas do futuro serão fundadas por profissionais da geração Z, também chamados de nativos digitais. Isso significa dizer que o uso de ferramentas digitais, a gestão tecnológica, a otimização de dados etc. já é algo natural para eles.
A origem do conceito
A origem do conceito 4.0 surgiu na Alemanha, numa feira do setor industrial que ocorre anualmente em que se falou pela primeira vez da indústria 4.0. Posteriormente o livro “A Quarta Revolução Industrial” foi escrito por Klaus Schwab, criador do Fórum Econômico Mundial.
A temática principal do livro gira em torno da fusão entre os mundos físico e digital e suas implicações. A idéia ganhou corpo e o conceito se disseminou em diversas áreas, além da indústria.
Não poderia ser diferente com o advogado 4.0, cujo conceito foi baseado nesse modelo digital e disruptivo, cujo objetivo principal é otimizar processos e maximizar lucros através do uso de ferramentas como Inteligência Artificial, Big Data, Internet das Coisas, Machine Learning etc.
Modelos de negócio disruptivos
As Lawtechs e as Legaltechs tomaram conta do mercado jurídico, elas vieram para automatizar tarefas que antes demandavam um longo tempo para serem realizadas pelo advogado, que agora podem se dedicar a outras tarefas, inclusive prospecção de clientes e expansão do negócio.
O uso dessas novas tecnologias é fundamental para que os escritórios permaneçam no mercado e atendam os clientes com eficiência. Os profissionais precisam estar aptos a desenvolver novas habilidades e estar abertos a constantes transformações, pois novas ferramentas surgem todos os dias.
A Associação Brasileira de Lawtechs é um exemplo de instituição criada recentemente com o objetivo de incentivar a transformação digital no mundo jurídico através de novos recursos tecnológicos, mantendo uma atuação ampla no ecossistema de tecnologia jurídica com diversas frentes, como mentorias, grupos de trabalho, meetings etc.
Conclusão
Já não há mais espaço para o modelo tradicional de advocacia, o advogado 4.0 é aquele que se reinventa a cada dia, que além de conhecimento técnico possui diversas outras habilidades como visão empreendedora e multidisciplinar, liderança, foco em inovação, e principalmente comunicação.
Um advogado que não consegue se comunicar de maneira inteligível com os diversos setores da empresa, interagindo com profissionais de outras áreas, cooperando com eles e se fazendo compreender, não conseguirá desempenhar suas funções.
O profissional jurídico da atualidade é aquele que está preocupado em oferecer soluções e não objeções. Vale lembrar que modelos de negócios disruptivos como o de transporte por aplicativos, por exemplo, são um sucesso global e não se basearam em leis e regulamentos já existentes.
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