A pandemia do coronavírus evidenciou ainda mais a realidade árdua vivida por muitas mulheres.
A tripla jornada, a distribuição desigual de tarefas, a exposição à violência dos companheiros, tudo isso veio à tona com ainda mais força.
O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, está sendo ressignificado a cada ano. Fala-se menos em flores e glamour e mais em respeito e direito a vida.
No caso das advogadas, a mudança de comportamento e ganho de espaço é evidente, em uma profissão que, como muitas outras, era maciçamente ocupada por homens.
Atualmente cerca de 64% do quadro de advogados do Brasil é composto por mulheres, segundo informações do site Jota.
A proteção da mulher
A proteção da mulher contra a violência doméstica no Brasil vem avançando ao longo da última década, mas ainda a passos lentos.
O Brasil possui elevado índice de violência doméstica, sendo o 5º país do mundo com maior taxa de feminicídio.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013 o Brasil já ocupava o 5º lugar, num ranking de 83 países onde mais se matam mulheres.
São 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, em que quase 30% dos crimes ocorrem nos domicílios.
Ainda segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), Apenas em 2019, registrou-se um crescimento de 7,3% dos casos de feminicídio comparado ao ano de 2018, com explosão dos números em alguns estados, segundo dados do Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo.
Durante a pandemia o retrato do aumento da violência contra mulher também foi frequentemente noticiado pela mídia.
Conclusão
A mulher ainda está em grande desvantagem social, sobretudo a mulher que se enquadra em alguma situação social de vulnerabilidade .
Não podemos deixar de mencionar a diferença de salário entre homens e mulheres, embora em muitos casos, o nível educacional da mulher seja superior ao do homem.
Ainda há um longo caminho a percorrer rumo a igualdade, ao respeito, a preservação da vida dessa mulher que, além de enfrentar a sobrecarga diária desigual ainda enfrenta a violência e o desrespeito.
As soluções certamente passam por iniciativas de empoderamento feminino cada vez mais presentes em nossa sociedade, abordando temas como a independência financeira e emocional, conscientização sobre a necessidade de perceber quando se é vítima de um relacionamento abusivo desde o início etc.
A nossa luta por igualdade continua e não poderíamos deixar de homenagear a mulher nesta data tão importante!