Os crimes financeiros no Brasil afetam principalmente as empresas do ramo financeiro, como bancos, fintechs, corretoras e outras que prestam serviços dessa natureza.
Esses crimes geram um incremento significativo dos investimentos na execução dos Programas de Compliance, sobretudo no ocidente, onde os gastos com a prevenção e investigação de crimes financeiros são elevados.
Assim, a prevenção e investigação de crimes financeiros certamente estão entre os maiores desafios dos Programas de Compliance, principalmente com a instabilidade gerada pela crise sanitária.
Sobre este tema, um documento tem se destacado como norte e tem repercutido na mídia, trazendo dados alarmantes, trata-se do Relatório Global Anual sobre o Real Custo de Compliance contra Crimes Financeiros.
O portal da Forbes revelou dados divulgados por um estudo da consultoria LexisNexis Risk Solutions sobre o custo total projetado dos Programas de Compliance contra os crimes financeiros envolvendo instituições financeiras, e esse número atingiu US$ 213,9 bilhões em 2020.
Vale destacar que o montante ultrapassou os US$ 180,9 bilhões registrados no mesmo período de 2019, tendo como crimes mais comuns, a corrupção, a fraude e a lavagem de dinheiro.
Neste contexto, o se faz necessário cada vez mais investimentos em soluções de tecnologia avançada para realizar o rastreamento das operações com o intuito de mapear os riscos.
Identificação e Mitigação de Riscos
A identificação dos riscos operacionais é um dos maiores gargalos, sobretudo considerando as novas regras do Banco Central que determina o monitoramento de pessoas politicamente expostas.
Além disso, o risco dos clientes, a integração das contas, e o rastreamento de sanções, são apontados pelo relatório como principais pontos de atenção.
O relatório mencionado da consultoria LexisNexis, revelou que no Brasil foram gastos em 2020 cerca de US$ 3,98 bilhões na prevenção e repressão de crimes financeiros.
O estudo demonstrou que o custo médio anual dos Programas de Compliance das instituições financeiras visando o combate dos crimes financeiros teve um incremento siginificativo:19% em 2020.
Isso sem contar os danos para a reputação da instituição financeira quando casos de corrupção e lavagem de dinheiro vem à público.
Esses danos reputacionais são ainda maiores quando associados a nomes de executivos do alto escalão da empresa.
Além disso, há ainda que se considerar a aplicação de penalidades previstas na Lei Anticorrupção que podem chegar até 20% do faturamento bruto da empresa.
Conclusão
Os crimes financeiros causam prejuízos de bilhões e bilhões todos os anos no Brasil, afetando a produtividade das empresas.
Além disso, a credibilidade perante os clientes também é afetada, prejudicando a prospecção de novos clientes, a competitividade e a perenidade do negócio a longo prazo.
No entanto, os efeitos colaterais e os prejuízos para a sociedade como um todo são incalculáveis, tendo em vista que o custo das fraudes no Brasil é o mais elevado da América Latina, segundo o estudo.
Não há outra saída para enfrentar esse cenário sem investimento em segurança cibernética.
Diante disso o incremento do custo da manutenção dos Programas de Compliance contra os crimes financeiros tem sido inevitável.
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