A corrupção é um grave problema global que impede o crescimento econômico dos países e afeta as esferas social, ambiental, segurança, infraestrutura, moradia etc., causando danos imensuráveis ao cidadão e afetando diretamente a democracia.
No dia 9 de dezembro é comemorado o Dia Internacional Contra a Corrupção. Esta data foi declarada pela Organização das Nações Unidas em 2003, no âmbito da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção que aconteceu no ano de 2003, na cidade do México.
A referida Convenção foi ratificada pelo Brasil em 2006, demonstrando publicamente a preocupação do país em relação a prática de atos de corrupção e com o enfraquecimento das instituições democráticas deles decorrentes.
Qual o objetivo da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
O principal objetivo da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção é demonstrar a preocupação global com o tema e fomentar meios preventivos e repressivos no âmbito interno de cada país membro.
Além disso, o documento contém dispositivos que visam o incentivo constante da prática da ética, integridade e transparência.
Um dos pontos mais importantes do documento em análise, é a obrigação de prestação de contas e melhoria da gestão dos recursos públicos.
Além disso, a necessidade de fiscalização, controle e coibição de mecanismos que favorecem desvios de recursos públicos também são tema da referida Convenção internacional.
A corrupção envolvendo recursos públicos é determinante para o aumento da pobreza, do subdesenvolvimento, piora da qualidade de vida do cidadão, além de dificultar ou mesmo impedir o acesso dos menos favorecidos a serviços essenciais.
Como as empresas e os cidadãos devem atuar no combate a corrupção
As empresas podem realizar diversas ações visando interromper ou dificultar o ciclo de corrupção.
Essas ações vão desde a promoção de campanhas educativas e eventos voltados para o tema da prevenção e combate à corrupção até a implantação de programas de Compliance com canais de denúncias eficazes.
A comunicação efetiva é um dos mecanismos mais importantes que favorecem a fiscalização e controle de atos de corrupção dentro das empresas, sendo que cada colaborador passa a fiscalizar as atividades que participa e as pessoas com quem interage.
Este cenário favorece também o engajamento dos colaboradores que passam a incorporar naturalmente práticas de integridade e promovem uma mudança da cultura corporativa.
Outro efeito positivo dessa medida é a disseminação dessas práticas pelos colaboradores em suas famílias e comunidades, criando uma cultura de intolerância a pequenos atos de corrupção.
Assim, essas ações conjuntas servem de apoio e prevenção de atos de corrupção em diversos níveis sociais.
Neste contexto, é preciso ter em mente que as ações devem extrapolar os limites da empresa para que seus efeitos possam influenciar toda a sociedade.
Daí a importância de uma reformulação efetiva e profunda da Governança Corporativa empresarial, com o objetivo de ampliar a visão tradicional sobre a questão, que normalmente se limita a criação de códigos de conduta e canais de denúncia.
Neste sentido também é o papel do cidadão, de buscar maior engajamento com ações que visam o combate a corrupção e compartilhar essa visão com as comunidades das quais participa, tanto em âmbito pessoal quanto profissional
Mais do que pensar em punir, é preciso pensar em disseminação de uma cultura de transparência para que a punição não seja necessária, ou seja, combater a raiz do problema de forma ativa e não reativa.
Conclusão
As empresas são parte importante do combate a corrupção no Brasil, pois movimentam a economia, geram empregos e novos negócios todos os dias, gerando também a oportunidade de praticar a integridade e transparência por parte dos stakeholders envolvidos nesses processos.
Neste cenário, a empresa que promove a conscientização constante coíbe a prática da chamada “pequena corrupção” contribuindo para a criação de uma cultura de integridade.
O dia 09 de dezembro é reconhecido mundialmente como um dia de combate a corrupção, e tem o papel de reforçar anualmente o compromisso neste sentido assumido pelo Brasil.
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